por Franklin Costa julho 17, 2019 0 Comentários
Finalmente, Istambul! Minha impressão não poderia ser melhor.
Carnes, doces e temperos que enchem a boca d’água só de lembrar. Cafés charmosos e convidativos em cada esquina.
Templos e mesquitas que ecoam misteriosos cânticos islâmicos cidade adentro (cinco vezes ao dia, todos os dias).
E ruas fer-vi-das, lotadas de gente de tudo que é canto, em qualquer hora (nota: foi a cidade que mais encontramos restaurantes abertos 24 horas nos últimos quase 3 anos como nômades).
Além, claro, de uma das maiores concentrações de barbudos por metro quadrado que você vai encontrar.
Istambul também tem uma característica curiosa: é uma cidade que se divide em duas pelo canal de Bósforo, um estreito que liga o mar Negro ao mar Mármara, e que faz com que uma parte de Istambul esteja na Europa e outra, na Ásia.
A maior parte dos turistas fica na parte Européia.
Lá também estão as principais atrações turísticas de Istambul, como o museu Hagia Sofia, a Mesquita Azul e a Torre Gálata.
Se você estiver viajando para ficar poucos dias na cidade, vale a pena ficar nessa região (que é enorme e cheia de bons segredos para desbravar!).
Como minha esposa e eu ficamos lá durante 2 semanas, optamos por dividir metade da estadia em cada lado da cidade. Valeu a pena demais!
O lado asiático de Istambul é bem diferente do europeu. Poucos turistas se aventuram por lá, o que faz com que essa área seja a “dos locais”.
Os preços são mais baratos, o que acaba atraindo uma galera de perfil mais jovem e estudante. Por consequência, vimos por lá uma noite (ainda) mais agitada, moderna e divertida.
Especificamente os bairros de Kadıköy (onde ficamos) e Moda são uma delícia de passear, explorar as ruas do mercado local (com seus peixes frescos, azeitonas, frutas e castanhas), comer um lahmacuhn (tipo de pizza de frigideira com cobertura de carne moída e molho de tomate) ou parar numa barraquinha de rua para comer em pé uma porção de mexilhões frescos recheados de arroz com limão… Incrível!!!
Desde já, aviso: se virar no lado asiático não é tão simples. A maioria das pessoas e restaurantes deste lado não falam inglês (e nem tem um menu ocidental). A dica é pesquisar se o lugar tem um Instagram ou nos aplicativos de viagem (Yelp, Foursquare, TripAdvisor etc). Daí, é apontar a foto do prato - e torcer pra vir certo. ;)
Então, sem mais delongas, foi nesse bairro que procurei dar um trato na barba. Na minha pesquisa, o lugar que achei com melhor avaliação era a Seyyah Berber, do “Barbeiro Nômade” (como este autor que vos escreve). Porém, ao chegar lá, dei com a cara na porta. No Google Maps, dizia que estava aberto. Só que não. Provavelmente o barbeiro ainda estava viajando.
Por sorte, logo ali perto, vi uma barbearia simples e pequena, bem bonita e novinha - a Cirak - que parecia, inclusive, ter sido inaugurada há pouco tempo. Me aventurei a entrar na cara e na coragem. Vi que todos os quatro barbeiros estavam ocupados. Um deles, provavelmente o dono, que estava cortando o cabelo de um cliente na cadeira mais próxima da recepção, me cumprimentou em inglês, me perguntou se eu poderia esperar 10 minutos e se eu queria tomar um chá turco (sim, obrigado).
Enquanto esperava, tive uma boa sensação. A decoração do lugar era minimalista, de madeira, como se tivesse sido projetada por um bom arquiteto. A trilha sonora era uma playlist de música eletrônica chillout. O ar-condicionado estava bombando. Lá fora, o calor era de fritar um ovo no asfalto. Me deu a impressão de estar num “oásis”, no meio do deserto. Até tinha um cacto do meu lado na mesinha de espera.
Passados não mais que 10 minutos, meu barbeiro me chamou com o dedo. Ele não falava praticamente nada de inglês. Para os barbudos viajantes, fica a dica: leve fotos da sua barba, em várias posições. O barbeiro da 1ª cadeira, suposto dono do lugar, veio até nós dois e instruiu, em turco, o que meu barbeiro deveria fazer.
Apesar de não falar nada em inglês, meu barbeiro foi de uma simpatia só. E se esforçou para nos comunicarmos. Perguntou de onde era e meu nome. Então, me disse o dele: Yahel.
Yahel, o barbeiro, me pediu para repetir umas 3 vezes seu nome até que eu tivesse a “mesma” entonação dele. Depois, me mostrou pelo Google que é o mesmo nome de um famoso ator local.
Seu filho, que devia ter uns 12, 14 anos, trabalhava com ele de assistente (num sábado, viu?). Ele varria o chão em volta, trazia a toalha e trocava os pentes da máquina de barbear para o pai. Garoto sagaz!
O corte não foi um dos melhores, mas também não foi ruim. Nota 7. Prefiro quando a barba é acertada na navalha, que é algo que eles não usam por lá. É tudo na máquina. O lugar em si, a experiência de fazer a barba na Turquia e a simpatia de Yahel e seu filho valeram a experiência (nota 10).
Aproveitei que estava lá e cortei o cabelo também. Curti mais que a barba. Como em Cuba, saí de lá com o corte de um local, com direito a um gel que precisei tomar banho umas 2 vezes até sair do cabelo de tão forte… rs
Uma curiosidade: lá, eles não lavam o cabelo naquela cadeira típica do Brasil, que a gente encosta o pescoço e joga a cabeça pra trás.
A pia fica na mesa em frente aos barbeiros, na própria bancada em que eles apoiam seus produtos e instrumentos (vi isso em mais de uma barbearia por lá).
Na hora de lavar, você tem que mergulhar a cabeça pra frente… levei um tempo pra entender que eu deveria fazer isso (uma cena surreal e atrapalhada, mico de turista).
E o preço? Baratinho. Corte de barba e cabelo não saíram por mais de R$ 35,00 (50 liras turcas). Coisas de Turquia…
Curtiu? Se tiver alguma dúvida ou comentário, só falar! Aproveita e veja como são outras barbearias pelo mundo nessa coluna mensal ;)
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Um barbudo viajante que decidiu viver sem casa pra dar um rolê no mundo em busca dos festivais e barbearias dos sonhos.
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